'blá blá blá' mudança de hábitos

Você e eu cansamos de ouvir das nossas mães que "tem que comer a salada", já ouviu do cardiologista que "precisa fazer atividade física pelo menos 5 dias na semana, 30 minutos por dia" e sei que passar pela coluna de "bem-estar e saúde" do jornal ou se deparar com as dicas dos influencers no Instagram pode ser um lembrete desconfortável de tudo o que você precisa/gostaria de fazer.

A questão das redes sociais é um tema que merece uma atenção à parte e que comentarei futuramente. Voltemos aos hábitos.

Talvez você já tenha lido ou ouvido que eles influenciam - e muito! - na saúde mental. Não tem jeito fácil de dizer. É verdade. Pense sobre o quão complexo o ser humano é. A começar por todas as moléculas, genética, reações químicas que funcionam a todo momento em conjunto no nosso corpo. Pense além dessa parte biológica: na consciência, nas escolhas, nas experiências, no Eu e no Outro, no mundo e como que tudo isso interage.

Não temos panacéia que contemple toda essa complexidade. Por isso o tratamento psiquiátrico precisa de muitas frentes de ação. Não falo apenas da medicação e da atividade física, mas também de bom vínculo com amigos, família; de um bom sono reparador; de ampliar os horizontes; de comunicação; de saborear uma comidinha caseira e principalmente de ter um bom suporte em psicoterapia.

Querer de uma vez abraçar tudo e pensar direto no resultado final pode não ajudar.

Que tal:

1) Avaliar quanto você dedica X quanto gostaria de dedicar do seu dia para as suas atividades e afazeres?

2) Determinar um objetivo?

3) Estabelecer pequenas metas que sejam alcançáveis e que fluam em direção ao seu objetivo?

4) Colocar o plano em ação?

5) Comemorar as conquistas?

Pense quanto tempo levou para você adquirir um hábito. Hábito de escovar os dentes ao acordar, por exemplo. Você pode não se lembrar o quão difícil foi adquirir essa habilidade motora, mas a prática levou à perfeição. A mudança de hábitos vai exigir todo esse esforço de novo.

Boa sorte!